Você sabe o que é Web Application Firewall e para que esse recurso de segurança serve? Vamos falar sobre esse assunto no blog de hoje!
Com a crescente dependência de aplicações web em setores como saúde, varejo, finanças e tecnologia, a superfície de ataque para criminosos digitais aumentou drasticamente. Além disso, muitas dessas aplicações lidam com informações sensíveis, como dados pessoais ou financeiros, que são alvos valiosos.
Um WAF é, portanto, um dos primeiros passos para fortalecer a segurança de aplicações, mitigando riscos e garantindo conformidade com regulamentações de proteção de dados, como LGPD e GDPR.
Nesse sentido, quanto mais falamos sobre cibersegurança, mais se torna compreensível o quanto esse assunto é importante hoje em dia. A partir do cenário exposto acima, entendemos que proteger aplicações web deixou de ser um diferencial há muito tempo, para se tornar uma necessidade crítica.
Afinal, ataques como SQL injection, cross-site scripting (XSS) e DDoS representam riscos não apenas para os dados, mas também para a reputação e continuidade de negócios. É por isso que o Web Application Firewall (WAF) surge como uma solução indispensável.
Ele atua como uma camada de proteção que filtra e monitora o tráfego entre usuários e aplicativos, identificando e mitigando ameaças antes que elas causem danos.
Ao longo deste conteúdo, você poderá conhecer a fundo o que é o WAF e seus componentes, como ele é aplicado na prática, assim como sua importância. Aproveite a leitura!
O que é WAF (Web Application Firewall)?
Um Web Application Firewall (WAF) é uma ferramenta de segurança cibernética projetada para proteger aplicações web contra ameaças específicas que exploram vulnerabilidades em código, configurações ou dados. Ele atua como uma barreira entre o usuário e o servidor da aplicação, monitorando, analisando e filtrando o tráfego HTTP/HTTPS.
Diferentemente dos firewalls tradicionais, que têm foco em proteger redes e endpoints bloqueando portas, pacotes maliciosos ou tráfego não autorizado, o WAF trabalha em um nível mais granular.
Seu objetivo principal é proteger aplicativos web contra ataques como:
- SQL Injection: exploração de falhas em bancos de dados por meio de consultas maliciosas.
- Cross-Site Scripting (XSS): inserção de scripts maliciosos em páginas para roubar informações ou redirecionar usuários.
- Cross-Site Request Forgery (CSRF): indução de um usuário autenticado a realizar ações não autorizadas.
- DDoS (Distributed Denial of Service): tentativas de sobrecarregar o servidor da aplicação com tráfego excessivo.
Para combater esses ataques, o WAF trabalha com os seguintes componentes:
- Motor de inspeção: analisa solicitações HTTP/HTTPS em tempo real, detectando padrões de ataques conhecidos.
- Regras de segurança (políticas): conjunto de regras configuradas para identificar comportamentos maliciosos, como injeções de código ou tentativas de exploração de falhas.
- Console de gerenciamento: interface para criar, personalizar e monitorar as políticas de segurança.
- Logs e análise de tráfego: coleta e organiza informações sobre eventos, facilitando auditorias e investigações.
Para concluir, o WAF se torna um firewall único porque opera na camada de aplicação do modelo OSI, a mais próxima do usuário final. Essa camada é responsável por processar e entregar informações aos usuários, tornando-se um alvo frequente de ataques.
Deste modo, enquanto demais firewalls ou IDS/IPS (sistemas de detecção e prevenção de intrusões) se concentram em proteger redes, o WAF inspeciona profundamente o conteúdo de solicitações e respostas enviadas para a aplicação, identificando e bloqueando comportamentos suspeitos.
Como funciona o WAF na prática?
No tópico anterior, explicamos que O WAF atua como um mediador entre o usuário e a aplicação web. Toda solicitação enviada pelo cliente passa primeiro pelo WAF, que analisa o conteúdo em busca de ameaças, assim, ocorre um fluxo de funcionamento básico com 3 passos:
- Recepção de solicitações: o Web Application Firewall intercepta o tráfego enviado pelos usuários.
- Inspeção: as informações são verificadas conforme as políticas definidas.
- Decisão: se a solicitação for segura, é encaminhada ao servidor da aplicação. Caso contrário, o tráfego é bloqueado ou registrado para análise futura.
Além disso, é possível implementar o WAF de diferentes maneiras. Temos, em primeiro lugar, o WAF baseado em rede, sendo este instalado próximo à infraestrutura física, ideal para organização de datacenters.
Em segundo lugar, destaca-se o WAF baseado em host, que se integra diretamente á aplicação, mas exige mais recursos computacionais. Por fim, em terceiro lugar, há o WAF baseado na nuvem. Neste caso, a aplicação é fornecida como um serviço, e é altamente escalável e fácil de implementar.
Como ocorre essa implementação na prática? Vamos ao passo a passo:
- Identifique as necessidades da aplicação: analise as vulnerabilidades conhecidas e os tipos de tráfego esperados.
- Escolha o tipo de WAF adequado: defina entre soluções baseadas em nuvem, host ou rede.
- Configure as políticas de segurança: ajuste as regras padrão e crie políticas específicas para as necessidades do seu negócio
- Realize testes inicia: use simulações de ataques para avaliar a eficácia do WAF e ajustar as configurações conforme necessário.
- Monitore e atualize constantemente: as ameaças evoluem rapidamente, e o WAF deve ser continuamente aprimorado para lidar com novos vetores de ataque.
Por que sua empresa precisa dessa solução?
Com o aumento exponencial dos ciberataques em volume e complexidade, investir em um Web Application Firewall (WAF) se tornou estratégia para crescimento da sua empresa. Em suma, ele atua de forma proativa para identificar e mitigar ataques comuns e perigosos, além de permitir criar regras específicas e alinhadas as particularidades do seu negócio.
Somado a isso, o WAF é compatível com diferentes arquiteturas, independentemente se forem estruturas locais, híbridas ou na nuvem. Com isso, essa ferramenta também contribui para atender normas como LGPD, GDPR e PCI DSS, protegendo dados sensíveis e evitando multas ou penalidades.
Por fim, para além desses benefícios técnicos, o WAF se torna mais do que responsável pela proteção da reputação da sua empresa e na confiança do cliente. Empresas que lidam com grandes volumes de dados ou transações financeiras online têm uma responsabilidade ainda maior em garantir que suas aplicações estejam protegidas contra vulnerabilidades exploradas por cibercriminosos.
Ao mitigar riscos em tempo real e prevenir ataques bem-sucedidos, o WAF reduz prejuízos financeiros e assegura a continuidade dos negócios em um ambiente digital competitivo e ameaçador.
Se sua empresa ainda não utiliza um WAF, agora é o momento ideal para implementar essa tecnologia. Afinal, prevenir ciberataques sempre será mais eficaz — e econômico — do que remediar as consequências de uma invasão. Conte com a Tracenet Solutions para adentrar a esse movimento!