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Edge computing: por que esse é o futuro da TI?

Learn what is edge computing

Nos últimos anos, a crescente digitalização de serviços, a expansão da Internet das Coisas (IoT) e a necessidade de baixa latência na transmissão de dados estão impulsionando uma grande mudança na arquitetura da computação. 

O Edge Computing surge, então, como uma solução essencial para lidar com as limitações da computação em nuvem tradicional, aproximando o processamento de dados da sua fonte de geração. 

Ao longo desse artigo, exploramos os motivos pelos quais o Edge Computing está revolucionando o setor e sua importância para o futuro da segurança da informação. Confira!

O que é Edge Computing?

Edge Computing é um modelo de computação distribuída no qual o processamento de dados ocorre próximo da fonte de coleta, ao invés de depender exclusivamente de um data center centralizado. 

Dessa forma, dispositivos como gateways IoT, servidores locais e data centers regionais assumem parte do processamento antes que os dados sejam enviados para a nuvem.

Essa abordagem melhora a eficiência do uso da largura de banda e aumenta a confiabilidade do sistema. De acordo com um relatório da IDC, até 2025, 75% dos dados corporativos serão processados fora de data centers tradicionais ou da nuvem, destacando o crescimento e a relevância dessa tecnologia.

Por que o Edge Computing é necessário?

A versatilidade do Edge Computing faz com que ele seja aplicável a diversos segmentos, possibilitando maior eficiência, segurança e velocidade no processamento de dados. 

Ao trazer o poder computacional para mais perto do usuário ou dispositivo, essa tecnologia reduz gargalos de rede e otimiza o uso de recursos, tornando-se uma solução essencial para empresas e organizações que precisam de alta performance e confiabilidade. 

Muitos setores, como o de manufatura, saúde e veículos autônomos, dependem de respostas em tempo real. O processamento na borda reduz significativamente o tempo de resposta, permitindo decisões instantâneas. 

Um estudo da Gartner estima que a latência em sistemas de Edge Computing pode ser reduzida em até 90% em comparação com a nuvem tradicional. Além disso, enviar grandes volumes de dados para a nuvem pode ser caro devido ao consumo de largura de banda e custos de armazenamento. 

Com o Edge Computing, apenas os dados essenciais precisam ser transmitidos para processamento remoto, reduzindo significativamente os custos operacionais.

Além disso, a descentralização dos dados reduz os riscos associados a ataques cibernéticos  massivos contra servidores na nuvem. Ao processar informações sensíveis localmente, as empresas podem atender melhor a regulações de privacidade como a LGPD e o GDPR. 

De acordo com a Statista, cerca de 30% das empresas que adotaram Edge Computing relatam maior segurança e proteção contra violação de dados. Sistemas baseados apenas na nuvem podem sofrer interrupções devido a falhas de conexão. 

Com o Edge Computing, dispositivos locais continuam operando mesmo se houver perda temporária da conexão com servidores remotos, garantindo continuidade nos processos críticos.

Casos de uso do Edge Computing

O Edge Computing está sendo adotado em vários setores para otimizar processos e garantir maior eficiência operacional. Abaixo, destacamos algumas das principais aplicações.

1. Saúde digital e telemedicina

O uso do Edge Computing permite monitoramento em tempo real de pacientes, processamento local de dados de dispositivos médicos e redução da latência em diagnósticos assistidos por IA. 

Em hospitais inteligentes, dispositivos de IoT coletam sinais vitais e alertam profissionais médicos sobre anormalidades em tempo real.

2. Veículos autônomos e mobilidade urbana

Carros autônomos dependem de decisões ultrarrápidas baseadas em dados de sensores. O Edge Computing permite que essas decisões sejam processadas localmente, garantindo segurança e eficiência no trânsito. 

Empresas como Tesla e Waymo já utilizam Edge Computing para melhorar seus sistemas de direção autônoma.

3. Indústria 4.0 e manufatura inteligente

O Edge Computing permite monitoramento preditivo de máquinas, prevenindo falhas e otimizando a produção. Segundo a McKinsey, a adoção dessa tecnologia pode reduzir os custos operacionais em até 20%.

4. Smart cities e infraestrutura urbana

Cidades inteligentes utilizam Edge Computing para monitoramento de tráfego, gestão de energia e segurança pública. Câmeras de segurança e sensores de trânsito processam informações localmente, permitindo respostas rápidas e eficazes.

Desafios do Edge Computing

Apesar das inúmeras vantagens oferecidas pelo Edge Computing, sua implementação e adoção ainda apresentam desafios consideráveis. Um dos principais obstáculos é a complexidade na implantação dessa tecnologia.

Como envolve a criação e manutenção de uma infraestrutura distribuída, as empresas precisam realizar um planejamento detalhado e um monitoramento constante dos dispositivos e redes para garantir a eficiência do sistema. 

Atualmente, não existe um padrão universal para Edge Computing, e diferentes fornecedores oferecem soluções variadas que nem sempre são compatíveis entre si. 

Isso pode dificultar a interoperabilidade entre dispositivos e plataformas, exigindo investimentos adicionais em customização e adaptação.

A segurança distribuída também é uma preocupação essencial. Embora o processamento local de dados possa reduzir os riscos de ataques cibernéticos centralizados, os dispositivos distribuídos podem se tornar alvos vulneráveis caso não sejam devidamente protegidos. 

Garantir a segurança no Edge Computing envolve a adoção de criptografia avançada, autenticação multifatorial e políticas rigorosas de gerenciamento de acessos. 

Além disso, a descentralização dos dados pode gerar desafios regulatórios, uma vez que diferentes jurisdições possuem regras distintas sobre armazenamento e processamento de informações sensíveis. 

Enquanto a computação em nuvem tradicional delega a maior parte do processamento para data centers robustos, o Edge Computing exige que dispositivos locais tenham poder computacional suficiente para processar os dados sem comprometer o desempenho. Isso pode demandar investimentos adicionais em hardware especializado e consumo energético elevado. 

Por fim, há o desafio da manutenção dessa infraestrutura distribuída. Diferente de data centers centralizados, onde a gestão de hardware e software pode ser feita de forma mais controlada, dispositivos espalhados geograficamente precisam de estratégias eficientes de monitoramento e manutenção remota.

O futuro do Edge Computing

A evolução do Edge Computing está diretamente ligada ao avanço de redes 5G, IA e blockchain. A previsão é que até 2030, o mercado global de Edge Computing alcance US$ 250 bilhões, conforme apontado pela Markets and Markets.

Empresas que investirem nessa tecnologia desde agora estarão um passo à frente na transformação digital, garantindo maior segurança, eficiência e competitividade.

Por fim, ressaltamos que o Edge Computing representa uma revolução na forma como processamos e gerenciamos dados. Com suas vantagens em baixa latência, segurança e eficiência operacional, essa tecnologia é essencial para o futuro da TI.