Pesquisas apontam que 40% dos ataques cibernéticos que culminam em roubo de credenciais acontecem por meio da engenharia social. Além disso, infelizmente, a maioria das empresas ainda não possui políticas definidas para se defender desses ataques tão comuns atualmente. Por isso, falar sobre o que é a engenharia social, seu ciclo e principalmente como se defender deste tão comum ataque cibernético é muito importante para as empresas compreenderem sua grandeza e entenderam o que fazer para não sofrerem prejuízos em sua operação e até mesmo financeiros.
O que é a engenharia social?
Que os golpes cibernéticos têm se tornado rotina no meio corporativo, isso é fato. Mas que a maioria deles acontece por erros humanos, nem todos sabem. A estimativa é que 95% deles aconteçam por falhas ou justamente por caírem no papo de criminosos. Nesse sentido, a engenharia social se torna um dos assuntos mais comentados entre os profissionais de tecnologia. Pois buscam entender como eles funcionam e porque dão tão certo.
A engenharia social é então, uma técnica de manipulação. A ideia é explorar esses erros para obter senhas ou dados de cartões de créditos, por exemplo. São sempre informações importantes e valiosas para as empresas. Ou seja, os criminosos atraem as pessoas de uma maneira que se sintam confiantes em divulgar essas informações ou até mesmo clicar em links suspeitos que espalham malware e dão acesso a sistemas restritos.
Como a engenharia social é desenvolvida?
Antes de falarmos sobre o ciclo da engenharia social, é importante entender a fundo seu conceito. A engenharia social acontece a partir do entendimento do comportamento humano. Ou seja, ao entender esse comportamento, os criminosos passam a influenciar as ações de um ou mais individuo, sendo fácil enganar e controlar essa pessoa para fornecer as informações pretendidas.
Em outras palavras, os invasores cibernéticos procuram se aproveitar da inexperiência do usuário. Isso porque, com a rápida evolução da tecnologia, grande parte dos consumidores e colaboradores não conseguem identificar determinados perigos. Em suma, os hackers especializados em engenharia social possuem uma das seguintes metas:
Sabotagem: é quando há a interrupção ou corrupção de informações com o intuito de causar prejuízos, ou transtornos.
Furto: aquisição de bens materiais, dados ou recursos financeiros.
Conheça o ciclo da engenharia social
O ciclo da engenharia social é composto por diversas etapas que os criminosos seguem para realizar seus ataques de forma eficiente. Vamos explorar cada uma delas:
- Reconhecimento: Nesta fase, o criminoso realiza um levantamento de informações sobre a vítima ou a empresa alvo. Isso pode incluir pesquisas em redes sociais, sites da empresa, informações públicas disponíveis online, entre outros.
- Planejamento: Com as informações obtidas na fase de reconhecimento, o criminoso planeja o ataque. Isso envolve a escolha da técnica de engenharia social mais adequada, como phishing, pretexting, tailgating, entre outras.
- Ataque: Nesta etapa, o criminoso executa o plano de engenharia social. Isso pode incluir enviar e-mails fraudulentos, fazer ligações telefônicas fingindo ser alguém de confiança, ou mesmo se infiltrar fisicamente em um local restrito.
- Exploração: Uma vez que o ataque foi bem-sucedido, o criminoso explora as informações obtidas. Isso pode envolver roubo de credenciais, acesso a sistemas restritos, ou mesmo instalação de malware para futuros ataques.
- Manutenção do acesso: Em muitos casos, os criminosos buscam manter o acesso obtido de forma discreta e contínua. Isso permite que eles continuem a explorar informações sensíveis ao longo do tempo.
Principais tipos de ataques de engenharia social
Agora que você já sabe como a engenharia social funciona, vamos conhecer mais profundamente seus principais ataques? Confira:
- Phishing
O phishing é um dos tipos mais comuns de ataques de engenharia social. Nesse método, os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas que se passam por comunicações legítimas de instituições conhecidas, como bancos, empresas de tecnologia ou serviços online. O objetivo é induzir a vítima a clicar em links maliciosos, fornecer informações pessoais ou realizar ações que comprometam a segurança, como baixar arquivos infectados por malware.
- Tailgating
O tailgating envolve o acesso físico não autorizado a instalações protegidas. Nesse tipo de ataque, o criminoso se aproveita da cortesia ou falta de vigilância das pessoas para entrar em prédios ou áreas restritas com um funcionário legítimo. Esse método é particularmente eficaz em ambientes onde o controle de acesso físico não é rigoroso ou onde as pessoas tendem a ser muito confiáveis.
- Quid Pro Quo
No ataque de “algo em troca”, o criminoso oferece algo em troca de informações sensíveis. Por exemplo, ele pode ligar para um funcionário se passando por suporte técnico e oferecer ajuda em troca de acesso a sistemas ou dados confidenciais. Esse tipo de ataque explora a tendência das pessoas em querer ajudar e obter benefícios aparentes, sem perceberem que estão sendo enganadas.
- Baiting
O baiting é semelhante ao phishing, mas com uma abordagem diferente. Nesse caso, o criminoso atrai a vítima oferecendo algo de valor, como um arquivo de música, vídeo ou software, em troca de informações ou ações prejudiciais. Por exemplo, o arquivo supostamente valioso pode estar infectado com malware que rouba dados quando aberto, comprometendo a segurança da vítima.
- Pretexting
O pretexting envolve a criação de uma história falsa ou pretextos convincentes para obter informações sensíveis. Por exemplo, um criminoso pode ligar para um funcionário se passando por um colega de trabalho, cliente ou fornecedor e solicitar informações confidenciais sob o pretexto de uma situação urgente ou legítima. Esse tipo de ataque se baseia na manipulação psicológica e na criação de confiança falsa para obter acesso não autorizado a dados.
Esses são alguns dos principais tipos de ataques de engenharia social que os criminosos utilizam para obter informações valiosas e comprometer a segurança de indivíduos e organizações. É importante estar ciente dessas técnicas e adotar medidas de proteção adequadas para mitigar os riscos associados a esses ataques.
O que fazer para se defender?
Desconfiar é o primeiro passo para não cair em golpes. Recebeu um e-mail sobre um prêmio que ganhou? Desconfie. Uma ligação de um número desconhecido? Desconfie. Além disso, adotar a ideia do Zero Trust pode ser uma solução inteligente para que sua empresa esteja segura de ciberataques de qualquer natureza.
Voltando a engenharia social, não divulgar informações pessoais e bancárias pela internet, evitar atitudes impulsivas e contar com ferramentas de autenticação e prevenção também são algumas das ações que podem ser tomadas para se proteger.
Por fim, contar com o apoio de uma empresa especializada em cibersegurança, responsável por monitorar todos os acessos a sua rede corporativa, é fortemente recomendado pela equipe Tracenet Solutions.